Um estudo conduzido pela Fundação Instituto de Administração (FIA) mostra que os comerciantes que aceitam o benefício refeição para restaurantes desfrutam de vantagens financeiras. Restaurantes, lanchonetes e padarias que aceitam vale-refeição são alguns dos estabelecimentos que experimentam crescimento em suas receitas ao término do mês.
O pagamento por vale-refeição é amplamente difundido no país, mas apesar disso, alguns empresários do setor de alimentação ainda não o incorporaram. No entanto, a pesquisa indica que os restaurantes adeptos podem receber preferência dos clientes em diversos horários, especialmente durante o almoço e o jantar.
Seja por praticidade ou economia, mais de 60% dos consumidores optam por frequentar restaurantes que aceitam o vale. Os dados enfatizam a influência que o benefício tem na decisão do consumidor em escolher onde realizar suas refeições. Para os comerciantes, essa preferência pode ser uma forma para atrair e fidelizar clientes.
Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, mais de 310 mil empresas brasileiras oferecem algum tipo de auxílio-alimentação para seus funcionários.
Quais os benefícios para o estabelecimento?
Uma das principais vantagens para os comerciantes é o aumento da visibilidade. Assim que começa a fazer parte da rede credenciada, o nome do estabelecimento é divulgado aos usuários desses benefícios. Dessa forma, o alcance da marca é ampliado e é possível atrair potenciais clientes.
A fidelização também se torna mais provável em um restaurante que aceita vale-refeição, por exemplo. A KCMS, empresa de tecnologia com foco em food services, entrevistou pessoas que recebem o benefício de vale-refeição em seus trabalhos. Grande parte dos funcionários relatou escolher restaurantes que aceitam vale-refeição para evitar gastar seu próprio dinheiro durante os dias úteis.
As entrevistas também mostram que as pessoas tendem a gastar mais quando o estabelecimento aceita o vale-refeição. Isso contribui para o aumento de vendas e, consequentemente, o crescimento das margens de lucro.
Como aceitar o vale-refeição?
Os cartões de alimentação e refeição são regulamentados pelo Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). Para aceitar o benefício, o estabelecimento precisa possuir uma conta jurídica no banco com o valor das vendas direcionado a um CNPJ cadastrado no setor de alimentos ou refeições.
Também é preciso possuir um registro na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) elegível para a categoria do vale que se pretende aceitar. É necessário entrar em contato com a operadora de benefícios escolhida e obter as informações para dar início ao processo de credenciamento. A partir desse contato, o estabelecimento pode adquirir a maquinha de cartão habilitada.
Após a contratação, as regras são definidas pela própria operadora. Algumas proporcionam aos credenciados condições especiais em serviços, como seguros e assistência, além da divulgação das ofertas do estabelecimento.
Vale-refeição ou vale-alimentação?
Apesar de ambos serem benefícios destinados a auxiliar o trabalhador na alimentação, existem diferenças significativas entre o vale-refeição e o vale-alimentação. O primeiro permite a compra de refeições prontas ou congeladas e serve para restaurantes, lanchonetes e padarias, por exemplo.
Já o vale-alimentação permite a compra de alimentos que podem ser preparados em casa e substitui a tradicional cesta básica. Ele é mais aceito em mercados, mercearias, sacolões, atacados e outros estabelecimentos similares. Além desses locais, também pode ser utilizado em estabelecimentos especializados em produtos naturais e orgânicos.
Entender essa distinção entre os benefícios é importante para que os comerciantes descubram qual a sua modalidade ideal. Caso o estabelecimento venda verduras, biscoitos, grãos e leite, por exemplo, a opção ideal é o vale-alimentação. Por outro lado, se o foco é a venda de sobremesas e pratos prontos, o vale-refeição é a escolha correta.