É fato: o brasileiro sonha em ter casa própria mais do que ter estabilidade financeira, casamento e filhos. Segundo uma pesquisa revelada pelo Censo de Moradia QuintoAndar e o Instituto Datafolha, 87% dos entrevistados desejam ter um imóvel para chamar de seu. A boa notícia é que há, sim, como comprar uma casa sem entrada, sabia?
Por sinal, a maioria das pessoas que junta dinheiro e deseja comprar um imóvel encontra como grande empecilho o valor de entrada.
Antes que você perca a esperança, leia este texto até o final e descubra os principais pontos do tema!
- Qual é o valor mínimo de entrada para comprar uma casa?
- Como comprar uma casa sem entrada?
- Como funciona o consórcio de casas?
- Como fazer planejamento para comprar casa?
Boa leitura!
Qual é o valor mínimo de entrada para comprar uma casa?
O valor mínimo de entrada para comprar uma casa varia de 10% a 20% de seu preço. Isso porque, no modelo de financiamento com instituições financeiras, há a liberação de 80% a 90% de empréstimo do valor do imóvel.
Ou seja, nesse modelo, não há 100% do financiamento do valor do imóvel. Logo, é preciso ter dinheiro guardado para oferecer como valor de entrada.
A Resolução 4.676/2018 do Banco Central determina que a entrada do imóvel seja de 10% apenas no caso da instituição utilizar o Sistema de Amortização Constante (SAC) ou Sistema de Amortização Crescente (SACRE).
Nesse caso, as parcelas do financiamento têm o mesmo valor mensal, decrescendo ao longo do prazo de pagamento.
Há situações específicas em que o interessado pode negociar o parcelamento do valor da entrada direto com o proprietário. Contudo, geralmente, esse valor é pago à vista e usado para “reservar” a casa durante a análise criteriosa do banco.
Como comprar uma casa sem entrada?
Como alternativa para comprar uma casa sem entrada existe o consórcio imobiliário. Já ouviu falar sobre ele? Se ainda não o conhece muito bem, vamos explicar mais sobre esse modelo de autofinanciamento feito em grupo.
O consórcio é a reunião de pessoas em um grupo que, ao pagar parcelas mensais durante determinado período, formam um fundo comum com recursos para viabilizar a aquisição de um bem ou serviço, como casas, apartamentos, terrenos, carros, construção etc.
A administradora de consórcios é a responsável por gerenciar todo o funcionamento dessa modalidade, desde a parte burocrática até a realização de assembleias, que são reuniões periódicas que sorteiam um ou mais participantes com o valor da carta de crédito.
Vale destacar que esse é um investimento de médio a longo prazo, afinal, os sorteios acontecem ao longo da duração do contrato, isto é, do prazo de pagamento de todas as parcelas para quitar o valor da casa escolhida.
Vantagens financeiras do consórcio imobiliário
Em relação aos custos e despesas gerais, o consórcio também se destaca como uma modalidade mais barata, pois o participante escolhe o prazo que deseja pagar, assim como os valores das parcelas mensais. E mais: o valor da carta de crédito é corrigido periodicamente para acompanhar a variação dos preços do mercado imobiliário.
Em paralelo, o consórcio não cobra taxas de juros. Ele inclui apenas as taxas de administração (para remunerar o serviço prestado pela administradora) e de fundo de reserva (se houver inadimplência, o grupo não será prejudicado).
Como funciona o consórcio de casas?
Para entender melhor, veja o passo a passo de como funciona o consórcio de casas.
- Simulação do valor das parcelas mensais em uma administradora de consórcios e escolha do prazo de pagamento.
- Entrada em um plano: o consorciado compra uma cota e passa a integrar um grupo.
- Pagamento de parcelas: o grupo forma um saldo de caixa para contemplar seus integrantes ao longo da vigência do contrato.
- Contemplação: um ou mais participantes são contemplados nas assembleias por meio de sorteio, com igualdade de condições entre todos do grupo, ou lance, valor adicional pago pelo consorciado para aumentar suas chances de ganhar.
- Liberação da carta de crédito: caso o participante esteja com suas parcelas em dia, a administradora recebe os documentos estipulados em contrato, faz uma análise e libera o valor do bem para ser usado na compra do imóvel.
- Compra do bem: depois de adquirir a casa ou o apartamento, o participante deve continuar pagando as parcelas até a finalização da vigência do grupo.
Um detalhe importante é que o FGTS pode ser usado para dar lances e quitar parte das parcelas do consórcio, acelerando a possibilidade de adquirir seu tão sonhado imóvel próprio ou, então, complementar o valor recebido da carta de crédito.
Como fazer o planejamento para comprar casa?
Agora que você já sabe que existem outras maneiras de comprar uma casa ou um apartamento, separamos dicas indispensáveis se você quer se planejar financeiramente e realizar seu desejo.
- Elimine suas dívidas: o primeiríssimo passo é eliminar as dívidas atuais para recomeçar seu planejamento financeiro. Comece a pagar as que têm maior taxa de juros e, se possível, negocie com o banco para eliminar as tarifas.
- Defina o tipo de imóvel que quer morar (e o que cabe no seu bolso, é claro): pode ser casa, apartamento, condomínio, quitinete, loft, estúdio etc. Pense na localização, pesquise preços e determine o valor que precisa juntar por mês.
- Faça seu planejamento financeiro: inclua metas e prazos de acordo com seu objetivo. Se escolher o consórcio, por exemplo, certifique-se de ter o valor mensal para quitar a parcela.
- Reduza custos: o dinheiro só sobra se você gastar menos, não tem como ser diferente. Por isso, no seu planejamento, veja onde pode cortar despesas desnecessárias e supérfluas.
- Use seu FGTS, se houver: o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço pode ser usado de variadas formas para contribuir com o pagamento do seu imóvel.
E aí, gostou de descobrir como comprar uma casa sem entrada? Aproveite para conhecer mais detalhes sobre o consórcio imobiliário e veja todas as vantagens. Nosso spoiler é: vale a pena esperar mais um pouco para ter seu imóvel próprio sem precisar deixar sua vida financeira refém dos altos juros de outras formas de compra parcelada. Pense nisso!
Este texto foi escrito pela Racon Consórcios, no mercado desde 1991. É uma marca do grupo Randon Administradora de Consórcios, que atua ainda em diversos segmentos, como veículos, imóveis, transporte pesado e máquinas agrícolas, entre outros.